sexta-feira, 31 de julho de 2009

Dias melhores virão

O dia começou com um sol bonito. Apesar da noite turbulenta com pancadas de chuva no telhado e a angustia correndo nas veias. Samantha pensava e repetia pra sim mesma:

- Dias melhores virão.

Tivera sonhado com alguém que não mais voltaria. Durante a madrugada sentira uma vontade desesperadora de sair na chuva e anestesiar-se com os pingos fortes e gelados machucando seu rosto frágil. Parece paradoxal, mas cessaria a outra dor, que ainda ardia. E como ardia!

Acordou de um sobressalto. Faltavam trinta minutos pra sua hora habitual de levantar da cama. Mas não adiantaria ficar ali deitada, sem sono, se revirando naquela enorme cama fria e vazia...

Levantou.

Tomou banho, preparou o café, mas não sentia fome alguma. Tomou um pouco do suco de frutas frescas que preparara. Não sentira o gosto.

Trocou-se. Preparou-se para sair. Até que aconteceu algo que a alegrou. No caminho para o trabalho ouviu aquela música que a alegrava. Combinava com o dia que até agora não tinha reparado.
Céu azul, sem nuvens, nenhuma sequer. O sol esquetando seu corpo, até então, frio por causa do banho da manhã. Pessoas nas ruas.

Os barulhos dos carros não mais importavam. Samantha ouvira sua música!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Tão nós

A noite, cobertas grossas
A chuva no telhado

Música, sua respiração tão próxima aos meus ouvidos

Você em mim.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

O Prólogo de uma Despedida.

Desta vez, o tempo tem passado por aqui por mim, mas não tem trazido a caixinha de primeiros socorros com os esparadapos e curativos pra anestesiar minhas feridas.

Essa hitória de que "o melhor remédio é o tempo" funciona mais pras outras pessoas do que comigo... As noites sem sono que o digam. Parecem eternidades! E ainda acordo com olheiras e mal-humor. Conheci tantas personagens esses ultimos tempo e tenho sentido falta de cada um deles, todo o momento. Pelo menos eu imaginei que eram sadades delas até então...

Esse tal de Tempo que me mostrou que a saudade que sinto é daquilo que costumava ter no meu peito quando eu estava ao lado de alguém com quem eu gostaria de passar meus ultimos dias. A coisa de que sinto falta e que existe no peito de muitos outros e de várias formas com intensidades mil.

Sinto falta de você, de mim e de nós dois. Saudades ruins, porque agora tenho certeza que não posso nem quero voltar atrás.

Me ligue quando puder. Finja se importar. Mande uma mensagem no meu aniversário, deseje-me felicidades e não volte atrás, porque apesar desse vazio gélido aqui dentro, eu não vou.

Saudades.

Sua flor.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Tenho marcas, não se aproxime
Me sinto fraca, mas não me subestime
Penso alto, logo me aborreço
Tenho marcas, pago pelo preço

Medos são só medos

Falta pouco pra criar juízo
Olho em volta, cuidado aonde piso
Já fizeram o meu peito todo me pedaços
O meu chão está repleto de pequenos passos

Medos são só medos...


(Letra e música - Flora Almeida)

terça-feira, 21 de julho de 2009

Cara ou coroa?

Ultimamente estive pensando em como tomar decisões sem prejudicar um dos lados da moeda da vida.

'Cara': você vai arrebentar os sentimentos de alguém, e muito provavelmente os seus. Mas você entende que é a decisão correta a ser tomada...
'Coroa': isso é injusto, insensato, insensível!

Difícil mesmo é acertar os dois lados da moeda sem ter que partí-la ao meio e virar metade de cada lado pra cima. Eu diria impossível, concordam?

E também há o impulso. Já passaram por alguma situação em que fica difícil entender se o impulso é fruto do nosso ardente peito ou da nossa calculista massa cefálica? Eu já, e acreditem, ainda não consegui a resposta.
Conselhos? Só servem pra piorar a situação. E agora? Sua razão, seu coração ou a razão dos outros? Qual eu devo seguir?!

Parece engraçado? Não é!

Quer ver? Vamos começar por você!
Razão ou coração? Cara ou coroa?
Vamos, escolha, não quero pressioná-lo mas, já diria o maestro Herbert von Karajan, "Quem decide pode errar. Quem não decide, já errou."

sexta-feira, 17 de julho de 2009

ABSTRATO

ABSTRATO. Não há definição melhor para descrever nossos sentimentos do que essa palavra.

Há um milhão de esperanças vindas de todos os lados. E de repente... Pum! Tudo acaba, decai, as emoções ficam no negativo de sua escala de 1 a cem. As minhas estão em -45. Isso mesmo, -45, metade do negativo máximo que ela pode atingir.

Pior de tudo é quando não dá pra segurar. Quando isso trasborda pelas nossas palavras, nossas atitudes, nossos olhos. Sim! Nossos olhos! São os maiores dedos-duro do nosso corpo! Espero conseguir não chamar alguém de idiota por uma coisa que não fiz, por minha incopetência e falta de senso realista da minha parte. As pessoas não tem culpa, nenhuma delas, nem as culpadas por isso tudo!

Afinal de contas, precisamos ser controlados, discretos, pacientes, estúpidos, submissos, HÍPÓCRITAS!!!

Portas se abrem e se fecham na minha cara! Deixei que algumas o próprio vento forte de uma tempestade trancasse, as outras, até a chave eu gitei na fechadura!

Livre e espontânea PRESSÃO! Minha vida tem me empurrado por caminhos incompreensíveis. Não quero ficar aqui, não com essas pessoas, não desse jeito!

Explodam-se, todos vocês! E que meus sentimentos e meu coração explodam-se juntos!


(Fragmentos de uma mente insana - Não levem em consideração, meu eu-lírico está transbordando "alegria" hoje)

terça-feira, 14 de julho de 2009


É sobre os pilares da vida que eu construo o meu terraço. Com todos os riscos é assim que nós vivemos.

Alguns pilares são firmes, resistentes e ornamentados com cuidado e zelo. Outros tem um aspecto sombrio, impessoal...

O problema é que, depois de contruídos, não podemos voltar atrás, não há como destruir aquele pilar e contruir outro em seu local. Ele já tem vida própria. Já tem sentimentos, vontades, sentem dor e agonia, comunicam-se conosco, podemos entender o que eles precisam ou não...


Alguns dos meus pilares estão rachados, e fui eu que quebrei... outros não se importam em segurar o peso comigo, estão ali porque não tem outro lugar pra ir.


Assim são as pessoas que fazem parte de nossas vidas. Construímos nosso terraço da vida com sua ajuda, e os que não os tem, não conseguem ter uma boa vista do mar.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Nós apertados

Dai-me sossego numa canção
Anda apertado o meu coração
Angustiado, desde então
Muito cuidado, muita pressão

Faço um relato nesse poema
Tenho, de fato, tido problemas
Momento exato, é esse o dilema
Um mal insensato, é mesmo uma pena

Cala-te boca, não espalhas esse mal que atua
Não derrama ele nas ruas
Não o ponha em mãos que não as tuas

Faça-se a luz, mas bem dentro do me coração
Pra que assim, desde então
Eu consiga segurá-lo em minhas mãos

Já dizia o poeta Vinícius de Moraes, "tristeza não tem fim, felicidade sim."