quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Vozes em meu ouvido...

Parece que está degenerando-se, mas na verdade é apenas mais um degrau de subida pro topo do êxtase. Paredes e paredes de concreto. Você pensa que está tudo acabado, só as paredes que não param de crescer.

Enfim, um grito agudo lhe faz levantar, lhe manda prosseguir e derrubar aquele exército de muros intransponível.
E a voz que fala no seu ouvido é forte, sedutora e instigante. Aquele arrepio na espinha levanta-lhe os ânimos e faz você lutar contra o descontente sentimento de desilusão.

E esse suspense que me convence que nunca vai chegar a hora de gozar sua chegada. Nunca chegará o momento em que eu terei o que quero.
A sinestesia dos meus sentidos aguçados cada vez maior. O gosto do seu cheiro, o perfume dos seus olhos, o som das suas mãos em mim. Difícil definir a sensação de algo nunca antes provado, algo que sei que nunca poderei provar.

O mais belo cálice de sentimentos misturados com vinho seco. Uma mistura difícil de tornar-se agradável, mas tão freneticamente desejável pela exoticidade... Quanto mais terei que incitar minha imaginação pra alcançar quão inatingível é o prazer de estar nesse cálice, afogando-me no vinho seco, o sangue do pecado.

Ah! Aquelas vozes. Que falta me fazem. Tão intenso o vício incomensuravelmente crescente. Arrepio. Cores, imagens distorcidas, os olhos da noite, o frio da perda, o calor da luta, o caos.

Você é o caos para os meus ouvidos. Você é aquela voz. Aquela que eu tanto almejo ouvir dizer "Adeus, nunca mais verei você novamente..."

Assim minha aflição conformar-se-á com nosso fim.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Dias melhores virão

O dia começou com um sol bonito. Apesar da noite turbulenta com pancadas de chuva no telhado e a angustia correndo nas veias. Samantha pensava e repetia pra sim mesma:

- Dias melhores virão.

Tivera sonhado com alguém que não mais voltaria. Durante a madrugada sentira uma vontade desesperadora de sair na chuva e anestesiar-se com os pingos fortes e gelados machucando seu rosto frágil. Parece paradoxal, mas cessaria a outra dor, que ainda ardia. E como ardia!

Acordou de um sobressalto. Faltavam trinta minutos pra sua hora habitual de levantar da cama. Mas não adiantaria ficar ali deitada, sem sono, se revirando naquela enorme cama fria e vazia...

Levantou.

Tomou banho, preparou o café, mas não sentia fome alguma. Tomou um pouco do suco de frutas frescas que preparara. Não sentira o gosto.

Trocou-se. Preparou-se para sair. Até que aconteceu algo que a alegrou. No caminho para o trabalho ouviu aquela música que a alegrava. Combinava com o dia que até agora não tinha reparado.
Céu azul, sem nuvens, nenhuma sequer. O sol esquetando seu corpo, até então, frio por causa do banho da manhã. Pessoas nas ruas.

Os barulhos dos carros não mais importavam. Samantha ouvira sua música!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Tão nós

A noite, cobertas grossas
A chuva no telhado

Música, sua respiração tão próxima aos meus ouvidos

Você em mim.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

O Prólogo de uma Despedida.

Desta vez, o tempo tem passado por aqui por mim, mas não tem trazido a caixinha de primeiros socorros com os esparadapos e curativos pra anestesiar minhas feridas.

Essa hitória de que "o melhor remédio é o tempo" funciona mais pras outras pessoas do que comigo... As noites sem sono que o digam. Parecem eternidades! E ainda acordo com olheiras e mal-humor. Conheci tantas personagens esses ultimos tempo e tenho sentido falta de cada um deles, todo o momento. Pelo menos eu imaginei que eram sadades delas até então...

Esse tal de Tempo que me mostrou que a saudade que sinto é daquilo que costumava ter no meu peito quando eu estava ao lado de alguém com quem eu gostaria de passar meus ultimos dias. A coisa de que sinto falta e que existe no peito de muitos outros e de várias formas com intensidades mil.

Sinto falta de você, de mim e de nós dois. Saudades ruins, porque agora tenho certeza que não posso nem quero voltar atrás.

Me ligue quando puder. Finja se importar. Mande uma mensagem no meu aniversário, deseje-me felicidades e não volte atrás, porque apesar desse vazio gélido aqui dentro, eu não vou.

Saudades.

Sua flor.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Tenho marcas, não se aproxime
Me sinto fraca, mas não me subestime
Penso alto, logo me aborreço
Tenho marcas, pago pelo preço

Medos são só medos

Falta pouco pra criar juízo
Olho em volta, cuidado aonde piso
Já fizeram o meu peito todo me pedaços
O meu chão está repleto de pequenos passos

Medos são só medos...


(Letra e música - Flora Almeida)

terça-feira, 21 de julho de 2009

Cara ou coroa?

Ultimamente estive pensando em como tomar decisões sem prejudicar um dos lados da moeda da vida.

'Cara': você vai arrebentar os sentimentos de alguém, e muito provavelmente os seus. Mas você entende que é a decisão correta a ser tomada...
'Coroa': isso é injusto, insensato, insensível!

Difícil mesmo é acertar os dois lados da moeda sem ter que partí-la ao meio e virar metade de cada lado pra cima. Eu diria impossível, concordam?

E também há o impulso. Já passaram por alguma situação em que fica difícil entender se o impulso é fruto do nosso ardente peito ou da nossa calculista massa cefálica? Eu já, e acreditem, ainda não consegui a resposta.
Conselhos? Só servem pra piorar a situação. E agora? Sua razão, seu coração ou a razão dos outros? Qual eu devo seguir?!

Parece engraçado? Não é!

Quer ver? Vamos começar por você!
Razão ou coração? Cara ou coroa?
Vamos, escolha, não quero pressioná-lo mas, já diria o maestro Herbert von Karajan, "Quem decide pode errar. Quem não decide, já errou."

sexta-feira, 17 de julho de 2009

ABSTRATO

ABSTRATO. Não há definição melhor para descrever nossos sentimentos do que essa palavra.

Há um milhão de esperanças vindas de todos os lados. E de repente... Pum! Tudo acaba, decai, as emoções ficam no negativo de sua escala de 1 a cem. As minhas estão em -45. Isso mesmo, -45, metade do negativo máximo que ela pode atingir.

Pior de tudo é quando não dá pra segurar. Quando isso trasborda pelas nossas palavras, nossas atitudes, nossos olhos. Sim! Nossos olhos! São os maiores dedos-duro do nosso corpo! Espero conseguir não chamar alguém de idiota por uma coisa que não fiz, por minha incopetência e falta de senso realista da minha parte. As pessoas não tem culpa, nenhuma delas, nem as culpadas por isso tudo!

Afinal de contas, precisamos ser controlados, discretos, pacientes, estúpidos, submissos, HÍPÓCRITAS!!!

Portas se abrem e se fecham na minha cara! Deixei que algumas o próprio vento forte de uma tempestade trancasse, as outras, até a chave eu gitei na fechadura!

Livre e espontânea PRESSÃO! Minha vida tem me empurrado por caminhos incompreensíveis. Não quero ficar aqui, não com essas pessoas, não desse jeito!

Explodam-se, todos vocês! E que meus sentimentos e meu coração explodam-se juntos!


(Fragmentos de uma mente insana - Não levem em consideração, meu eu-lírico está transbordando "alegria" hoje)

terça-feira, 14 de julho de 2009


É sobre os pilares da vida que eu construo o meu terraço. Com todos os riscos é assim que nós vivemos.

Alguns pilares são firmes, resistentes e ornamentados com cuidado e zelo. Outros tem um aspecto sombrio, impessoal...

O problema é que, depois de contruídos, não podemos voltar atrás, não há como destruir aquele pilar e contruir outro em seu local. Ele já tem vida própria. Já tem sentimentos, vontades, sentem dor e agonia, comunicam-se conosco, podemos entender o que eles precisam ou não...


Alguns dos meus pilares estão rachados, e fui eu que quebrei... outros não se importam em segurar o peso comigo, estão ali porque não tem outro lugar pra ir.


Assim são as pessoas que fazem parte de nossas vidas. Construímos nosso terraço da vida com sua ajuda, e os que não os tem, não conseguem ter uma boa vista do mar.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Nós apertados

Dai-me sossego numa canção
Anda apertado o meu coração
Angustiado, desde então
Muito cuidado, muita pressão

Faço um relato nesse poema
Tenho, de fato, tido problemas
Momento exato, é esse o dilema
Um mal insensato, é mesmo uma pena

Cala-te boca, não espalhas esse mal que atua
Não derrama ele nas ruas
Não o ponha em mãos que não as tuas

Faça-se a luz, mas bem dentro do me coração
Pra que assim, desde então
Eu consiga segurá-lo em minhas mãos

Já dizia o poeta Vinícius de Moraes, "tristeza não tem fim, felicidade sim."

segunda-feira, 22 de junho de 2009

A saudade no meu peito 'inda' mora...

Engraçado como os maiores prazeres da vida estão em simples coisas.
Digo isso porque tive um dos melhores fins de semana da minha vida! Sabe porque?

Encotrei amigos amados, me embriaguei ao som de músicas maravilhosas, estive com minha família na grande maioria do tempo, participei de uma mesa de RPG, recebi ótimas notícias a respeito de amigo acidentado, fui fortemente abraçada por uma linda criança ao presenteá-la no seu aiversário de três anos!!!

Sentimentos indescritíveis, mas também, insaciáveis. Queria tudo de novo! E de novo! E de novo!

Abençoe, meu Senhor, meus amigos que são a família que eu pude escolher. Minha família também, porque se tivesse que escolher alguma seria a mesma que tenho.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Penso, logo Insisto

Corro corro
E não peço soccoro
Corro corro, eu te laço
Vou vencer no cansaço
Luto, puto
Passo a passo invadiu meu espaço
Quem mandou? Eu sou de aço!
Você sabe!

Grito minha raiva pro infinito
Penso, logo insisto
E não pense que me aflinge os seus olhos aflitos
Não entende? Eu te mando tudo isso escrito
Eu não tenho paranóia! Você sabe!

Pago só pra ver um pedacinho que existe em você
Pra entender o seu mundinho e tentar te esquecer
Claro que fazer esse charminho só me mostra que ter esse seu lado mauricinho
Bota tudo a perder



(Letras: Flora Almeida; Música: André Pinto)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Ultimamente tenho estado em processo de reconstrução.

Músicas, dia a dia, pensamentos em geral.
Espero algumas mudanças ainda esse ano, na minha vida. Mudanças para melhor.

Minha banda, meu relacionamento com o parceiro, amigos e família andam a mil. Mas há uma coisa que ainda me atrapalha e que pretendo descartá-la em breve.

Adoro escrever. Não tanto quando gosto de cantar, mas me dá uma levesa fora dos padrões. Me deixa com uma tranquilidade quase que extasiante. Como se quilos e quilos de responsabilidades fossem despejadas juntos com as palavras...

É isso que faço aqui...

Tranquilizo-me
Sinto-me
Descanso.

Sou paz quando estou aqui, no meu lugar.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Chuva de resfreados tristes

Pensamentos negativos é como vírus da gripe, contagia todos que respiram do mesmo ar do infectado e nunca torna-se imune totalmente desse mal...

Uma coisa leva a outra, como uma epidemia de nervos e mal-humor. Terrível! Terrível!

Nada como uma conversa, um abraço, um beijo e calor humano para amenizar as coisas; mas parece que tudo em volta está gelado, inclusive as pessoas.


Tenho passado dias tempestuosos nesses ultimos três meses, e realmente luto contra isso todos os dias desde então... só que não vou conseguir sozinha. Agradeço a mãe que tenho, mas lamento não poder estar com ela nesse momento...

Apesar dos pesares, a cada espirro expulso um pouco da secreção purulenta e repugnante que é o mal estado de espírito. Assim consigo sentir-me melhor a cada desabafo. Inclusive este.

As nuvens estão escuras, o tempo chuvoso, o clima frio, e eu resfriada de pensamentos negativos.

terça-feira, 2 de junho de 2009

As mãos que se estendem a você quando você mais precisa são as que você menos espera


Samantha sabia disso porque em todos os momentos que precisou de ajuda, apareceram aqueles seres especiais, sem os quais não se vive, do meio do nada!

Pareciam duendes fantásticos, sorridentes e prestativos!

Tinha um nome para aquelas criaturas em seu mundo, ela não lembrava-se bem.

Vestiam-se das mais variadas formas, falavam de diversas maneiras, cada um com sua presença de espírito. Havia aquele que dizia que tudo ia acabar bem, não importasse os tombos e machucados; o que faziam todos rirem em toda e qualquer circunstância; um contador de histórias; um jornalzinho da turma, atualizador dos fatos... enfim...

Samantha lembrava-se de muitos, e agradecia por conseguir lembrar de tantos. Significava que estavam todos presentes na sua vida...

E de um sobressalto, Samantha lembrou-se dos nomes das criaturinhas mágicas, chamavam-se amigos!

terça-feira, 26 de maio de 2009

Sem rastros

Prefiro a chuva por que
Meus passos não deixam pegadas
Assim você não pode me achar
Pra pedir desculpas que não vão valer de nada

Acordei com vontade de ser música
Porque o barulho das gotas na minha janela
Lembraram-me uma canção

Queria escorrer pela parede
Desmanchar-me em lágrimas
Pra esquecer o que você deixou de fazer
Pra não lembrar mais nada

Não há porque lamentar
Pois agora quero ser como o tempo
Não vou voltar, não por você
Assim como você não faria por mim

Santa Chuva


Vai chover de novo, deu na tv
Que o povo já se cansou de tanto o céu desabar
E pede a um santo daqui que reza a ajuda de Deus
Mas nada pode fazer se a chuva quer é trazer você pra mim
Vem cá que tá me dando uma vontade de chorar
Não faz assim, não vá pra lá
Meu coração vai se entregar à tempestade

Quem é você pra me chamar aqui se nada aconteceu?
Me diz, foi só amor ou medo de ficar sozinho outra vez?
Cadê aquela outra mulher?
Você me parecia tão bem
A chuva já passou por aqui, eu mesma que cuidei de secar
Quem foi que te ensinou a rezar?
Que santo vai brigar por você?
Que povo aprova o que você fez?
Devolve aquela minha tv que eu vou de vez


Não há porque chorar por um amor que já morreu... Deixa pra lá, eu vou, adeus
Meu coração já se cansou de falsidade
(Marcelo Camelo)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Sua benção, minha vó.

Amar uma pessoa é, na minha concepção, não conseguir imaginar a vida sem a presença da mesma. E por mais que estejam afastadas, encontram-se ao alcance de uma necessidade qualquer.

É, também, necessitar de sua presença em momentos difíceis e lamentáveis. Um pilar de forças no qual pode-se apoiar... Imprescindível estar por perto quando ela precisar da sua ajuda.

Minha mãe sofreu uma grande perda nesse domingo, em menos de dois anos perdeu o pai e a mãe. E apesar de admitir sua ausência relapsa, não consegue digerir a perda. Vai sentí-la para o resto de sua vida...

Não consegui forças para preencher o vazio nos olhos de minha mãe, nem acho que pessoa nenhuma conseguiria fazê-lo... Não há pilares que sustentem dor tamanha, imaginável para mim.

Que minha avó consiga seguir seu caminho, que não desista de encontrá-lo, como desistiu de viver...


sexta-feira, 22 de maio de 2009

Mil e uma flores

Na realidade só percebo que não tenho muito tempo livre quando as pessoas começam a perguntar pela minha presença em lugares que costumo ir.

Me intrerto intensamente em alguma tarefa quando tenho que fazê-la. Isso me faz perder muito tempo, mas é como se tivesse todo tempo que quisesse ter pra executá-la com eficácia, tamanha minha dedicação.


Sinto-me feliz com meu tempo preenchido do jeito que é. Se não houvesse essa agitação em minha vida de uma maneira, eu a procuraria de outra... quem sabe me matriculando em mil cursos ao mesmo tempo, me comprometendo com cem pessoas no mesmo dia... etc.

Sou sagitariana de corpo e alma.



PS.: Em agradecimento e desculpas aos amigos pela ausência.


quarta-feira, 20 de maio de 2009

Estou completamente apaixonada!

Eu já vi déjà vu, deixa ver,
Eu a ti pareço com você
Que parece eu há muito tempo
Tento a gente
Combinar penicilina e dor
Janela e cantador, cor e cortina

Me anima, me ensina a não bater na quina, andar na corda bamba... saber virar na esquina
(Rita Ribeiro - Déjà vu)






Tinha cá pra mim que agora sim eu vivia enfim o grande amor
Mentira
Me atirei assimde trampolim fui até o fim um amador
Passava um verão a água e pão dava o meu quinhão pro grande amor
Mentira
Eu botava a mão no fogo então com meu coração de fiador
Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito
Exijo respeito não sou mais um sonhador
Chego a mudar de calçada quando aparece uma flor
E dou risada do grande amor
Mentira
Fui muito fiel, comprei anel, botei no papel o grande amor
Mentira
Reservei hotel, sarapatel e lua de mel em Salvador
Fui rezar na Sé pra São José que eu levava fé no grande amor
Mentira
Fiz promessa até pra Oxumaré de subir a pé o Redentor
Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito exijo respeito não sou mais um sonhador
Chego a mudar de calçada quando aparece uma flor e dou risada do grande amor
Mentira!


(Chico Buarque - Samba do Grande Amor)

sexta-feira, 15 de maio de 2009

"Eu vou aumentar o volume até que eu não consiga nem pensar"

(Keane - Playing Along)

Eu não sou diferente de ninguém...

Samantha não entendia... Não dá pra esquecer uma pessoa como se esquece de um livro que possui, ou uma foto nunca mais vista... Não dá pra esquecer algo que se viveu com alguém como se esquece de um fato que se viveu isoladamente... Não se esquece de uma data de aniversário como de uma prova da universidade...

Enfim , com pessoas as coisas acontecem de outra forma. Você pode ser calmo, esquecido, relaxado com objetos, coisas inanimadas, datas supérfulas. Mas com pessoas? Com a SUA pessoa? Exatamente aquela que você rega todo dia pra ver crescer em seu peito algo especial?

Nós recebemos aquilo que damos, isso acontece em qualquer lugar do mundo. Porque um relacionamento seria diferente?

As pessoas sentem falta de sentirem falta delas, pessoas são frágeis, dóceis, carinhosas. Não tem que ser diferente.

Samantha chorou, parece que com ela era difeferente.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Ser música


Hoje acordei com vontade de ser música
De ser ouvida e dançada
De ser cantada e repetida
De ser única

Hoje acorde a fim de arrancar lágrimas
De felicidade e tristeza
De saudade e de nostalgia
De emoção, apenas

E não importam quantas vezes eu for tocada
Eu ainda conseguirei tocar os mesmos corações
E poderei encantar mais e mais a outros
Eu serei uma canção. A mais bela delas

E mesmo que muitos não achem
Ainda haverá aqueles que irão me repetir

segunda-feira, 11 de maio de 2009

À minha mãe




E por incrível que pareça, os anos passam e a saudade que tenho de você nunca é diferente. Fazem três anos que não divido o teto com você, mas acordar sem poder te dar um beijo de bom dia sempre vai me incomodar. Como se fizessem meses que não te vejo.


Vai ser sempre assim.


Mas ao mesmo tempo sei que, a qualquer momento que precisar, você vai estar ao meu lado, como se eu tivesse três aninhos de idade e precisasse de carinho e atenção.


Não dá pra ser diferente. Perdoe-me por não estar com vc nesse dia tão especial. Mas saiba que você é a pessoa que eu mais amo no mundo.








sexta-feira, 8 de maio de 2009

A dor

" Junto à minha rua havia um bosque, que um muro alto proibia
Lá todo balão caia, toda maçã nascia e o dono do bosque nem via
Do lado de lá tanta aventura e eu a espreitar na noite escura, a dedilhar essa modinha
A felicidade morava tão vizinha que, de tolo, até pensei que fosse minha
Junto a mim morava a minha amada com olhos claros como o dia
Lá o meu olhar vivia de sonho e fantasia e a dona dos olhos nem via
Do lado de lá tanta ventura e eu a esperar pela ternura que a enganar nunca me vinha
Eu andava pobre, tão pobre de carinho que, de tolo, até pensei que fosses minha
Toda a dor da vida me ensinou essa modinha"

Chico Buarque





Samantha sentia-se triste, angustiada.
Há muito não sentia-se assim, tentava não pensar na enfermidade que lhe aflingia, mas hoje as dores a haviam lembrado.

A dor não era no seu corpo fragilizado, era em sua alma. Ecoava, brandava-lhe os ouvidos, arrancava-lhe lágrimas, como uma pequena depressão, vinda momentaneamente, fortes e dolorosos batimentos cardíacos longos desritmados.


quarta-feira, 6 de maio de 2009


A tensão triplica seus problemas. Torna tudo mais difícil. Complica tudo! É difícil manter a calma e momentos de aperto, mas há outro jeito? Não, não há.

Porque, na grande maioria das vezes, quando as coisas caem sobre a sua cabeça a última coisa que você lembra de fazer é segurar com as mãos.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Parabéns por ele!!!


Tem amigo pra tudo no mundo!
Amigo lenço, pra enxugar as lágrimas
Amigo eterno, que nunca se acaba
Amigo do peito, pau pra toda obra
Amigo distante, amigo grudado, amigo irmão, amigo amante...
Amigo pra dar vexame
Amigo pra fazer piada, pra mover céus e terras
Pra dar bofetada (esses são nossos futuros maridos)
E aquele que não quer dar o braço a torcer: o amigo enrustido!

Os amigos, são a família que a gente pode escolher. Tenho muitos, queria mais, amigos é sempre bom, mas tenho o suficiente pra ser feliz!
E tem aquele que literalmente faz minha risada estourar descontroladamente. Hoje é o aniversário dele.
Parabéns Phablito! Obrigada por tudo!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Mundo afora




Onde mora a ternura
Onde a chuva me alaga
Onde a água mole perfura
Dura pedra da mágoa
Eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora
Quando o carinho acontece
Quando a garoa é macia
E se cura e se esquece
A dor num canto vazio
Eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora
Onde a alma se lava
Aonde o corpo me leva
Onde a calma se espalha
Onde o porto me espelha
Eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora
Quando me lembro de tudo
Quando me visto de nada
E me chove e descubro
Quanto você me esperavaeu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora.
Fred Martins

"Do jeito que a gente faz, não é tarde demais..."


Sentir a energia dos meus amigos como antes, depois de tanto tempo, foi algo indescritível. Algo como reencontrar alguém que deixou muitas saudades... Mas pra falar a verdade, foi isso mesmo, meus amigos que eu tanto amo são também meus companheiros de banda, que a muito só se mostravam a mim como meus bons e velhos amigos.

Esse sábado encontrei meus companheiros de banda. Uma que me entende com um simples olhar e gesto, outro que me faz rir em toda e qualquer circunstância e mais um me ouve como a um irmã e me ensina com cada conversa...

Foi bom reencontrá-los, meus amigos, meus companheiros de banda, minha família. Muito feliz por tudo isso! Feliz pela música que fazemos, feliz pelo entusiasmo que temos quando estamos todos juntos, feliz pela minha felicidade e pela que pude notar nos olhos de vocês!

E que seja cada vez melhor!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

O jardim



E acabaram-se os lápis de cor. Não todos, mas exatamente as cores verde e marrom. Ainda faltavam pintar duas casinhas e três árvores grandes. As casinhas não eram problema pra Samantha, ela morava numa cidade grande e já havia visto casas de todas as cores de sua caixinha de lápis de cor.


Mas e as árvores? Qualquer cor não adiantaria, afinal, "quem já viu uma árvore roxa? E preta?" Preta já tinha visto, mas só nos desertos, sequinha sequinha, sem vida alguma. E também nos filmes de terror, à noite, sob a luz da lua. Seu desenho não combinava com nada disso...


Tinha cores vibrantes, um céu azul sem nuvens, flores, muitas flores de todas as cores, espalhadas pelo campo verde, campo este que tomava conta da maior parte da pintura. "por isso que o verde acabara".


O desenho era especial, tinha gostado do acabamento, ainda mais porque era um trabalho da escola, sobre qual lugar gostaria de visitar. Samantha tinha certeza que seus coleguinhas iriam desenhar as Torres e Museus apresentados na aula em que a professora tinha-lhes passado o trabalho para casa.


Samantha não se importava, queria mesmo era visitar o quintal de sua bisavô, de preferência na primavera, quando ele ficava colorido de flores, assim como seu desenho. Mas depois que sua tia-avó vendera o lugar para uma filial de vendas de móveis domésticos, fizeram do seu quintal um depósito empoeirado e feio, sem nenhuma daquelas cores. Ah se sua vozinha soubesse, ela voltaria daquele lugar bem longe para onde disseram que ela tinha ido pra reclamar com sua tia.


Samantha parou de pintar por um momento e pensou em como sua voz ficava triste quando Samantha lhe colhia flores. "Mas vozinha, é pra lhe presentear..."dizia. E ela, com sua voz fraca e calma dizia-lhe que, daquela forma, elas viveriam pouco mais de um dia, depois murchariam e morreriam. Se ficassem onde estavam, nos lugares onde Deus as colocou, não morreriam tão rápido... e sua vozinha poderia contemplá-las por mais tempo.


"Sábia vovó!" Samantha saiu para comprar outra caixinha de lápis de cor e terminar seu desenho.

Meu canto, nossa voz


Ergueu a voz timidamente. Não havia motivos para ter vergonha, o som saia suave e agradável.

Uma brisa leve e a sombra da mangueira amenizavam o calor escaldante daquele mês de dezembro. O quintal de sua bisavó era uma imensidão verde, sem flores. "No verão é sempre assim", pensou Samantha.

O canto era algo que a divertia, tranquilizava. Permetia-lhe compartilhar sentimentos com outros, e isso a encantava. Criar e poder mostrar aos outros aquilo que foi criado. Seus pensamentos concretizando-se... música.



Samantha não sabia cantar. Aprendeu como os pássaros.

quarta-feira, 29 de abril de 2009


Samantha tinha os olhos tristes. Observou a cortina da janela com esses mesmos olhos. Estava suja, manchada, como o vermelho em suas mãos. Ela não sabia o que fazer.

Não sentia dor, nem agonia, apenas tristesa por saber que uma cortina tão branca e limpa podia sujar-se com um leve toque de suas mãos pequenas. Ela não sabia o que fazer.

E ainda havia aquele ser em suas mãos. Samantha não queria machucá-la, ela o fez sem a mínima intenção. "Mas também como poderia defender-se?"; pensou ela. "Mais cedo ou mais tarde, ela iria se machucar...".

"O feito está feito". Mas a tristeza em seus olhos revelava que não era exatamente assim que ela pensava, pelo menos não com essa fria firmeza. "Já que não posso voltar atrás vou dar-lhe meu maior sonho".

E assim, Samantha levantou-se do chão branco e frio, afastou um pouco a cortina, sujando-a ainda mais, pôs suas mãos pra fora da janela do décimo sexto andar e fez com cada pétala da rosa vermelha, machucada, que carregava em suas mãos voasse até onde seus olhos poderiam alcançar...

Ironica Flor


Faça-se a luz, mas dessa vez quem ordena sou eu!


Há dias em que queremos aprender, isso nunca é demais.

Em outros, discutir é o melhor a se fazer diante de algumas dúvidas.

E há também os dias em que queremos criar! Criar! Criar!

Bem vindos. Este é o meu lugar.